100nada

Obras

Então não é que só agora descobri que ainda estou no blogger antigo? Quando quis mudar umas cores (sim, para verde…:DDD). Vamos lá para obras então…

adenda: não sei se não estraguei a coisa toda, como sempre! 😀



Siga!

Os blogs deveriam ser como algumas pessoas (e se calhar são): chegados a uma certa idade, já não faziam anos. Se fizessem, correriam o risco de envelhecer, ficarem um bocadinho chatos e repetitivos, um bocadinho menos abrangentes (só aqueles amigos de sempre e o resto ser paisagem). Tornarem-se mais rabugentos (hoje só me apetece ler estes), mais desinteressados (ai sim? e o que me interessa isso, nem sei quem é!), mais indiferentes (como? o quê? nem li, passei à frente). Falarem muito de si mesmos (eu comi pescada ao almoço e ao jantar apareceu-me uma pontada nas costas) e terem muita opinião sem fundamento (eu acho que é assim, porque sim e mainada). Darem umas bengaladas de vez em quando (não gosto de ti, vaitafudere). Ou adormecerem entre o lanche e a torrada da noite e depois embirrarem que sim, claro que sim, ouviram tudo, estavam mais que acordados.
Enfim, terem manias. Uma data delas.

Acho que este já nasceu assim mesmo. 😉

Há quatro anos, neste mesmo endereço, onde nunca celebrei um aniversário de blog.

O meu enorme obrigada a todos os que estão desse lado a aturarem-me as birras durante esta carrada de tempo.







Modus vivendi

Por estes dias, fará quatro anos que soube o que era um blog. Disseram-me assim ” Vai ler este blog, vais gostar”. Ao primeiro click, o Modus vivendi nos seus primeiros passos e eu já agarrada às palavras da Ana. Até hoje.

Dias e meses e eu a ler o que a Ana escrevia, os seus maravilhosos textos, os poemas que escolhia. Muitas vezes pensei, meu Deus, sou eu, isto, é a mesma coisa! E nos dias maus, existia ali outra mulher que navegava em águas semelhantes: não anima, mas consola. A Ana escrevia o que eu sentia. E depois, uma coragem que se estendeu como uma mão feita de letras de força e me devolveu a mim a esperança.

Quando encontrou o destino, percebi então que tudo era mesmo possível.

Muitos parabéns, minha querida.


Dias-não

Em dias-não, quando o feitio cai pela caixa do elevador umas dezenas de andares, não consigo perceber muito bem se pinto tudo de negro ou se é de cor-de-rosa nos outros dias. Tá bem que ando a resmungar o tempo todo e a responder mais torto, mas não me consigo impedir de pensar que as coisas que me aborrecem são muito reais e o que lhes acontece é serem ignoradas em dias mais sim. Nesses arredo-as do caminho com um encolher de ombros ou um biqueiro, nestes deixo-as ali ficar e observo-as com mais atenção: olá coisa chatinha número sete. Estás aí outra vez? E estás porquê? Por acaso? Ou de propósito para me chatear e hoje acertaste mais no alvo? Ou percebeste que hoje tinhas mais hipótese de me acertar e ficaste logo mais aguçada?

Claro que a coisa chatinha número sete (ou a três, a seis, a dez) não responde até porque eu, apesar de tudo, não nasci ontem e sou uma desconfiada de merda, não lhe pergunto nada. Se estiver com paciência, vou de volta e digo BU! a ver se salta. Às vezes salta, concluo que não era uma coisa chatinha inocente, estava ela mesma a assobiar para o ar a ver se eu não dava por ela. Outras vezes não salta e um gajo pensa, ok, isto é de mim, venha a número oito então.

BU!