Diz-se que assim que se fecha uma porta, talvez da corrente de ar que a referida porta faz quando estoira contra a ombreira, se abre uma janela. Ora eu, que sou pessoa para atirar com portas, fechá-las com estrondo e atirar as chaves ao ar, também sou menina para (as)saltar janelas.
Féééééérias!
Eu hoje vou de férias! Olé! Vou de férias, caneco! F-é-r-i-a-s! Adeuzinho semáforos! Adeuzinho carradas de merdas citadinas! Vou de férias e nem fiz as malas, nem vou estar perto de fazer malas tão cedo, que tenho coisas para resolver até às orelhas, mas que se lixe! Vou de férias que é o que interessa! Vou de férias E NÃO LEVO A NET AGARRADA. Se quisesse levava mas não levo, que também faço férias disto.
Tou tão contente que até vou escrever o post da semana que vem já a seguir!
O meu blog
Este. É o meu blog. Meu.
(isto é importante, que seja mesmo meu; se calhar é o mais importante de tudo: que os nossos blogs sejam realmente nossos e
ora que porra, já me ia a alargar no tema e trau, é sempre assim, lá do lado do andar das coisas que aparecem de repente na memória, caixinhas de surpresas de associações de ideias do resto do cérebro que está ali, encostado às paredes à espera que eu acabe de escrever e não tem nada que fazer e resolve ir abrindo armários e gavetas e tralha vária para se entreter e eu está lá quietinho agora não vês que estou ocupada, larga essa caixa caneco! Não é sobre isso que estou a escrever, não me distraias! e o resto do cérebro, a bocejar, ai que seca, anda lá com isso tou farto de estar aqui a coçar micoses, não podes escrever mais depressa? e eu já a começar a irritar-me, olha se te calasses e ficasses sossegado dois minutos eu acabava isto mais cedo e o resto do cérebro, muito chatinho e melga, tens aí uma letra errada, depois emendas dizes sempre isso, mas ficam lá as gralhas todas e eu danada mesmo, cala a boca, foda-se agora nem me lembro do que ia a escrever nem do que me fez parar!
O cabrão ali a rir-se…o que é que se faz a isto? Lobotomia frontal?
Note to myself
e tudo o que tinha antes para atirar, coisas pesadas com bicos cortantes (de preferência) desaparece. Noto os meus pés, descalços, apoiados num dos lados da mesa, as pernas dobradas, o queixo quase apoiado nos joelhos. Noto o calor do dia que ainda permanece no ar, o rio-quase-mar iluminado ali mesmo à minha frente. Noto que tenho o cabelo amarrado na noite que sinto no pescoço. Noto os dedos dos pés, noto os joelhos, noto e anoto tudo, porque nada disto é importante, nada disto é o que se nota. Que eu realmente noto.
O que se nota é que estou a sorrir e a rir às gargalhadas. E que estou – agora – absolutamente serena e tranquila.
Isso, sim, é digno de nota.
O resto, paisagem para depois relembrar o que não é preciso anotar.
"Longe de Manaus"
Carlos Araújo Alves no CNC
De nome no blog, podem ser Ideias Soltas, mas as ideias do Carlos Araújo Alves sempre as considerei extremamente consistentes e as suas posições firmes e convictas.
Amanhã, dia dia 9 de Junho, pelas 18 horas, realizar-se-á na Galeria Fernando Pessoa do CENTRO NACIONAL de CULTURA, na Rua António Maria Cardoso, 68 (ao Chiado), em Lisboa, uma Conferência sob o título «Perspectivas para uma Nova Escola – os desafios da sociedade digital global» por Carlos Araújo Alves, cujos textos incidem, particularmente, na análise e reflexão sobre temas como Gestão Cultural, Educação, Cultura, Ensino Artístico e a sua integração no ensino regular.
No posts please, we're webloggers!
Como tal, nós os bloggers do weblog, temos blogs e não é nada mau! Quê?! Queriamos também colocar posts? Responder a comentários? Que os comentários entrassem? Não queriamos mais nada, hein?
(mas hão-de entrar os dois posts de cima nem que seja à martelada!)
Isto (faz de conta) é um email
(imagem daqui, autor Reginald Wilson)
na verdade o que me encanita agora
é como é que vou apagar dali aqueles dois posts iguais se ambos têm comentários…ficam os dois, claro, mas e estou ralada porquê??? Realmente…
E pensar que me foi apresentada *
Reparem. Eu antes de escrever “dirigi-me ao armário dos cd’s e olhei para todas aquelas prateleiras” como estou agora a escrever, já sabia o que ia buscar. É como começar um texto aparentemente a meio ou, talvez neste caso em concreto o que se aplique, seja começar um texto aparentemente um bocadinho de nada antes.
O problema mesmo é que os cd’s estão todos misturados, mas talvez também problema aqui seja uma má escolha; os cd’s, como os livros, os papéis, as canetas e (temo-o bem!) até alguns copos e frigideiras, estão sempre todos misturados. Não é um problema, é uma característica inerente ao que me rodeia. Ao que me medeia, também.
Reparem agora. Se eu escrever
Estranha demanda
não há outra igual
quando um homem anda
de levante a poente
alguém tem dúvidas que se trata da melhor banda portuguesa de todos os tempos?
(há-de sempre haver uma voz dissonante)
*por um perfeito cretino
até os perfeitos cretinos podem cometer actos perfeitos