100nada


É pró que se nasce

Um gajo sabe que nasceu para escritor blogger quando está a pensar que está a pensar, não, a tecer considerações, não, a reflectir, não, a ponderar, não, a magicar, não, a questionar, não, ainda não é bem esta palavra a certa, o facto de o carro do lado ser um mercedes cdi todo xpto e, mesmo assim, precisar de pastilhas nos travões.
Tudo isto na fila da A5.




Um blog antigo por dia não sabe o bem que lhe fazia

Blogs em.pt

Quando aqui aterrei (Maio 2003) havia alguns apontadores, coisa pouca, muito pouca.
Uma das pessoas que começou a tentar escrever a história dos blogs em Portugal e listar os que encontrava, foi o Pedro Fonseca.

o Blogs em.pt é o blog dessa lista e história. Descontinuado ainda em 2003, um blog curto mas cheio de informação. Lá está a data fatídica, 17 de Maio de 2003, quando aparece um artigo do Paulo Querido no Expresso que, para além dos efeitos colaterais – aparecimento de algumas centenas de blogs portugueses – tem a seguinte consequência devastadora:

– Não leste aquilo no Expresso? Vai ver, tu devias era ter um blog!

O 100nada nasce a 19 de Maio de 2003…


Associação de ideias

Abri o teste dos limites da Florença e deu-me uma coisa má, quer dizer boa, boa! quando olhei para o novo template (tá lindo, tá lindo, a sério; foi só do choque, não estava à espera).

Depois achei que aquilo tinha ar de blog antigo, daqueles do princípio (há trezentos mil anos, quando cheguei à blogsfera). E pensei que podia começar uma rúbrica nova aqui, daquelas cheias de boas intenções, todos os dias faço isso e depois só dura duas vezes, dessas.

Chama-se

Um blog antigo por dia não sabe o bem que lhe fazia

(tá bem, tá bem, não vai ser rúbrica diária, vai ser de vez em quando…)


É oficial

estou “em casa”. Explico.
Para editar o meu tasco, o que eu fazia era abrir a coisa e, no url, escrever “/privado” e aquilo ia para a janela do user do Movable Type.

Agora mesmo, abri isto, fui lá acima ao url 100nada.blogspot.com e escrevi a seguir “/privado”. Depois lá atinei e pensei, ora aqui ficou uma coisa bem feita.


No semáforo vermelho

Na faixa da direita, uma camioneta de obras com um tubo ligado lá em cima, a retirar entulho. Nas outras faixas os carros amontoados. No semáforo, um polícia a mandar andar os carros, com o sinal verde. Três gestos com o braço esquerdo, um com o direito e recomeça com o esquerdo.
O semáforo muda para vermelho. O polícia manda parar os carros.
Avança para a esquina e recomeça a mandar andar os carros da outra avenida, que agora têm o semáforo verde. Uma ajudinha para andarem mais depressa, três avança com o braço esquerdo, um com o direito.
Uma rapariga com um mapa aproxima-se do polícia. Pergunta qualquer coisa. O polícia baixa os braços, olha para o mapa e começa a apontar direcções: esquerda, frente, trás, direita. Os carros da outra avenida, apesar do semáforo verde, baralham-se todos e começam a andar mais devagar. Quando o polícia aponta para cima já estão todos parados.
No semáforo vermelho, estou eu, a chorar a rir dentro do carro.


Caneco!

Ainda não escrevi “caneco” neste blog! (digo eu). Que falha a minha!

Nota: tá-me a fazer uma aflição tão grande meter posts nesta janela de design pré-histórico (em 2003 era tal e qual, esta cor de rato à volta, este ar de pensão das termas) e depois sairem num blog igual ao outro…gosto de me sentir em casa, gosto imenso, estou contentíssima, mas a janela de edição do blogger tira-me do sério.