Estou insuportável
(até para mim mesma, que é uma coisa raríssima e praticamente nunca ataca o meu metro e noventa de ego)
A verdade é que a Etelvina nova (precisamos urgentemente de um nome para a Etelvina nova) é uma data de cemporcentos acima da clássica; despacha tudo o que é preciso em menos de um ai (vá, meia dúzia de ais a 6 euros cada), mas, tal como todas as Etelvinas
tenho aqui uma garrafa de ice tea directa do congelador para o calor: é com cada estalo que até ferve, já apanhei uma data de sustos
tem lá as suas coisas
é que estive a ver um daqueles poirots mais assustadores
e esta tem a coisa de enrolar fios. Enrola e arruma.
Ora eu, apesar da casa-arrecadação, não tenho (ainda) o hábito de deixar fios assim por aí. Todos os fios que deixo têm nas pontas coisas úteis como transformadores para carregar telemóveis e pilhas das máquinas digitais, cabos usb,
cabos usb. Desapareceu. Tenho centenas de megas na máquina para descarregar e o cabo, vai para uma semana, foi enrolado e arrumado.
Atenção que arrumado não é no sítio: o sítio dele é desarrumado. Arrumado é num sítio. Pode ser qualquer sítio.
Meia hora a procurar o cabo, não encontrei.
Sentei-me, maldisse a minha vida e estendi a mão para um cinzeiro redondo que custa imenso a lavar porque pesa uma tonelada e serve para guardar, xacáver, um isqueiro velho, duas embalagens de bonecos dos kinder, amarelas, uma perna de power ranger
tudo isto se passa na minha secretária
uma mini tartaruga ninja de ovos kinder-tartarugas-ninjas, uma caixa de creme para os lábios, uma tampa de caneta, meia dúzia de clips e uma tampa preta de parece de uma ponta de qualquer coisa electrica.
Nada de cabo usb.
Mas o cinzeiro, reparo eu, está alto.
(este cinzeiro estaciona do lado direito do meu monitor, vejo-o todos os dias)
O cinzeiro está encaixado em cima da spinner de cd’s que eu corri tudo para encontrar.
Isto não me está a correr nada bem.
Nada bem mesmo.
- Ora então (dois-em-um, ou mesmo três)
- Chamada não atendida
Ai não há nada como a desarrumação arrumada, ou desorganização organizada. Uma pessoa deixa as coisas assim por aí, à solta, mas sabe sempre onde encontrá-las…quando vem uma Gumercinda (a tua nova Etelvina tem “ar” de Gumercinda, não me perguntes porquê), como eu dizia, quando vem uma Gumercinda e arruma as coisas nos sítios que podem ser onde Judas perdeu as botas, ou mesmo atrás do sol posto, não há arrumação que nos valha.
Partilho da tua dor, acredita…lol
ahahahahhahahah! Tem calma mulher, tu tem calma! Já maconteceu muito pior. Bué. Aí, em Moçambique, cá. É só escolheres… Olha tive uma que mandou para o lixo sem perguntar a ninguém uma colecção que eu tinha há 20 anos. Irrecuperável.
pega na máquina, vai a uma loja e passa tudo para cd!
ou escolhe logo lá algumas e manda imprimir!
antes que essa máquina decida deitar tudo ao lixo, pá!!!
Conversas de mulheres
Estive aí passarinhando nos blogs que costumo mais visitar mais e achei muita graça à nova Etelvina da Catarina que é uma grande “arrumadora”. Arruma que se desunha, pelos vistos. E lembrei-me logo de uma conversa recente entre mim…