Uma vela no Rossio
Faz hoje 500 anos que quatro mil pessoas foram chacinadas em Lisboa. Eu não sabia. Destes mortos não reza a nossa história. Eram judeus. Foi uma limpeza que depois se branqueou no futuro dos que ficaram para a contar. Alguns dos mortos seriam nossos tetravós. Alguns dos que os mataram também.
Para que fique na memória colectiva, para que se saiba.

Eu, por acaso talvez, sabia. Se estivesse aí era capaz de por lá passar e deixar tambem uma vela. O que me admira é que, ao contrário do que vi por aí escrito, haja tanta gente que não sabia (sabe) e que tanto se tenha discutido uma coisa que para mim é apenas memória.
Como dizia alguém a História é a ciência que, a partir do Passado, estuda o Futuro.
Alfredo, eu, como disse, não sabia. E também sei que se tem discutido muito isto e que há agendas e aproveitamentos e polémicas políticas; mas para mim é também memória e ’em memória’.
Não irei porque não posso, mas a minha vela estará acesa.
Semana Santa de 1506… em nome da religião!
Massacre relembrado em Lisboa Passam hoje 500 anos sobre um dos episódios mais trágicos da História de Portugal: quatro mil judeus foram…
É ler o “Último Cabalista de Lisboa” do Richard Zimler, que para além de ser um óptimo livro tem o enredo à volta do pogrom.
Já estive com o livro na mão, Jorge. Se aconselhas, vou ver disso. Obrigada.