Indignação total
Apesar de andar quieta e calada, não deixo de ir lendo os meus blogs no bloglines, esse sistema meio coxo, mas que vai dando.
E eis que hoje leio este post da Hipatia. E depois fui ler este. E voltei ao primeiro, “Mais uma nota” e fui ler os comentários, fui ao blog em questão, enfim, fui ver tudo, com uma fúria crescente, sem acreditar (mas acreditando, que já vi este filme mais que uma vez, infelizmente, é sempre assim) na lata, descaramento, falta de vergonha na cara, nas desculpas esfarrapadas, na total falta de decência, honestidade, enfim, tudo aquilo que faz uma (cabra de uma) plagiadora, que plagia com a maior das facilidades e, pelos vistos, mais do que um blog (vide lista da Vanus nos comentários do post que, enquanto fumava um cigarro, encontrou vários plágios de outros blogs) incluindo da Isabela, aceita elogios dos comentadores como sendo textos seus e depois ainda pede desculpa mas não sabia de quem era e pensa que isso resolve o problema e mais o fonte 8 “texto de Hipatia” sem link, que acrescenta à pressa no post plagiado, sem aceitar os comentários de quem lá foi protestar, enfim, a baixeza total.
Já muita gente foi plagiada e sabe o que é, a incredulidade, o nojo que é vermos coisas nossas a serem roubadas por outros, assistirmos ao aceitar de elogios “ah obrigada” e a tentarmos gritar “espere lá, isso é meu”. À Hipatia, a quem nem sequer lhe aceitaram os comentários no blog em questão, nem sequer teve direito a isso. Colocou no blog dela e daqui vai o meu berro solidário, ESTÁ ALI UMA LADRA, chama-se Maria Oliveira e tem um post de desculpas esfarrapadíssimo. Se não sabe de quem são os textos, coloca uma referência a dizer que é um texto anónimo encontrado na net e não o assume como seu (como se fosse difícil ver de quem são as coisas, que triste, é SEMPRE a mesma desculpa das “pesquisas na net”…). E quanto à frase “aqui estou a pedir as minhas desculpas. Saliento também que em nenhum momento o fiz para tirar qualquer proveito pessoal, mas apenas para colocar temas ou pontos de vista interessantes à discussão.“, [tá a ver? aspas e link para o post, não é difícil, ainda mais no wp] os textos da Hipatia que vi plagiados não eram temáticos e sim prosa poética e, dos elogios recebidos, apenas agora com o pedido de desculpas e links [ah, afinal sabe fazer links] para os mesmos, foi escrito um desmentido sobre a autoria, antes não estava lá disclaimer nenhum…
[Já agora, minha senhora, se sabe fazer links para os seus próprios posts, penso que não seria pedir demais que os fizesse igualmente para as pessoas a quem pede desculpa, Hipatia e Isabela]
Enfim, o mesmo nojo de sempre, enquanto não existir uma forma viável e expedita de protecção dos direitos de autor e da propriedade intelectual.
Um abraço, Hipatia.
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Hipatia, Isabela, Blueshell, Jorge Mourinha, Anjo Gracioso, Sônia Imenes, Lua, Revista Paradoxo, Ana Rita Resende, Margarida Rebelo Pinto e até o John Lennon. Desisti no entretanto de procurar mais.
No post de desculpas que exigi depois de ver os meus comentários apagados, reconhece apenas quatro cópias: três textos meus e um da Isabela. À indignação já se juntou o cansaço, Catarina. E pergunto-me se chega a perceber realmente o que todos vemos por trás das suas desculpas.
Obrigada!
É absolutamente inacreditável a falta de decência dessa criatura. E estou como tu, não entendo também como não percebe que as suas desculpas são de mau pagador, mas ainda deve estar para nascer o plagiador que diga, sim senhor, copiei, sou desonesto e achei que na net ninguém iria descobrir.
Sei como é, esse cansaço e também sei que os plágios nos deixam marcas que nunca mais passam, aquela vontade de vomitar quando relemos os nossos textos, agora para sempre conspurcados. Coragem, minha amiga. Diz uns valentes palavrões que pelo menos alivia. Um grande beijo.
Olá Catarina.
Ir lá e encontrar um Tiago Ulisses é de morrer. Só não sei se de vergonha ou de riso…
É uma miséria total. Afinal os plagiados é que são maus…tristeza. Nota-se bem que a má fé por ali prossegue.
Passou a ser um caso de difamação. E, desta vez, tenho prova dos comentários que a senhora não publica. Será que vou mesmo precisar de telefonar à minha advogada?
Esta é uma das coisas que, por mais anos que tenha, não consigo entender. É bater mesmo no fundo. Sem perceberem que estão lá!
Pede desculpas à Hepatia. Hepatia. E sem link, depois do auto-link. Acho que só isto já era suficiente para se perceber o que quer que fosse sobre as intenções e alcance das desculpas, ou senso comum e, ouso dizê-lo, inteligência da criatura em causa. Pucanina, pucanina. Geeeeee.
Catarina, ainda que a ira possa ser compreensível não te ficaria mal um pouco de compaixão.
Realmente, que nojo.
O mínimo de vergonha na cara era apagar o blog de uma vez e, se quisesse, abrir outro (de preferência sem plágios). Não sei como se pode encher o ego com elogios aos textos escritos por outros. São elogios aos que ESCREVERAM os textos, não aos que foram COPIÁ-LOS a algum lado.
Usar o ctrl c e ctrl v qualquer atrasado mental sabe.
“The authors have deleted this blog. The content is no longer available”
… e acrescento na voz da autora: estimados leitores, continuaremos a nossa (e)missão noutro recôndito local da internet
é o mal/bem destas coisas, um gajo sente-se mal, agarra no farnel e muda-se para debaixo da outra àrvore. claro que se presta muito a dar guarida a gente desonesta e sem escrupulos, mas isso já todos sabemos.
Esta Maria Oliveira, se não estou em erro, tem um conto publicado num livro, que mesmo podendo ser de uma daquelas auto-edições a pagar, não deixa concerteza de ter direitos de autor. O que torna tudo muito pior.
O triste num blog como este, é que a maioria dos posts são de outras pessoas, até aqueles simples como o da “senha kármica” ou coisa assim que lá estava. É triste que ela, para representar uma profundidade interior, um passado com história palpável, um ser alguém que tenha algo para dar, tenha ido buscar tudo isso aos outros. E nesse sentido o JPT tem alguma razão quando fala em compaixão (embora também possa ter sido por ironia, não sei). Estas pessoas não têm pertença, não têm ligações, não têm aquilo que é “negociável” aqui, ou se quisermos ser mais humanos, sem serem como os outros não podem trocar nada. Logo, não recebem também. Construirmo-nos aqui dá trabalho; ou temos de dar muito de nós naquilo que escrevemos (o que todos sabemos o que por vezes custa), ou temos que ter uma actividade como comentadores muito elevada. E isso demora tempo.
O plágio não é só mau por ser um roubo do que outros escrevem, e concordo em absoluto contigo, que por vezes há coisas que lemos nossas noutros lados, que nos faz apetecer partir tudo até à insanidade, porque são coisas demasiado nossas, escritas até como uma certa forma de violentação sobre nós mesmos, estaladas que damos para nos acordar, para não nos fazer esquecer. É um roubo muito além das palavras e que se torna completamente vazio e conspurcado de sentido pela boca de outro.
O que esta mulher não consegue perceber, é que enganou todos os outros que a leram, que ela não é nada daquilo que os outros pensam que ela é, que talvez se tenha enganado a si mesma. Ela não é nada. Nada. È um boneco, uma ilusão, uma mentira que amanhã se esquece e, como diz o Zé, aparece noutro lugar qualquer disfarçada de mais uma dúzia de pessoas que ela nunca poderá vir a ser. Ou se tem essa consciência do engano e da mentira e opta por continuar, então é mesmo uma pobre mulher.
Embora a mim este tipo de coisa me provoque um entalanço imediato nos gorgomilos, especialmente quando a quem me é próximo, há sempre o outro lado: o vazio interior a que nos sujeitamos para ser aceites, a venda do que somos (ou podemos vir a ser) para ter uma festa ou um sorriso, uma atenção. E isso é de uma tristeza absoluta.
É, hoje estou de bem com a vida
Houve em tempos um blog chamado exactamente «Plagiadíssimo» que era isso mesmo. Digo que «houve em tempos» porque ficou parado em 2006 pelo que vejo. Era uma maluquice. Digamos que aquilo seria «uma colecção de recorte» de posts. Mas desde o início que ele explicou que aquilo era copiado de blogs que ele admirava, e deixava o nome do blog, o autor e o link.
Num certo sentido, até era simpático porque era uma homenagem. Não sei que lucro haveria para o autor naquelas colagens, mas … enfim…
Estes casos que vão aparecendo, de gato escondido com rabo de fóra, é uma coisa além do mais pateta porque é evidente que se vem a saber, e a proprietária do sítio só pode sair mal na fotografia.
Eu nunca dei porque me copiassem nada, mas talvez também não tenha assim nada digno de cópia.. ;D
foram cenas destas que me afastaram da blogosfera! há gentinha que não sabe ficar no seu lugar! Eu gosto do meu lugar e isso não me deixa saudades nenhumas deste espaço! Bju para a Vanus e para ti Catarina!
De longe a longe lá me lembro de espreitar-vos…
era uma ironia suave, apenas. pois é mesmo de compaixão que se deveria tratar
Apesar de ser um acto nojento não deixa de ser um reconhecimento da qualidade do trabalho da vítima: eu, por exemplo, nunca fui plagiado em 5 anos de blogue…
Eu também ACHO que nunca fui plagiada, mas ser plagiada por uma pessoa que lê Paulo Coelho até me preocupava mais do que elogiava (é a pobreza de espírito total).
Eu até fui lá comentar dizendo que o facto de pedir desculpas lhe ficava bem.
eu ando mesmo imbuidissimo de espírito natalício é o que é.
Copiers are losers!
Não é solução para tudo, mas podemos sempre utilizar este serviço:
http://myfreecopyright.com/
soube deste hiper lamentável caso atraves da isabela, e no proprio dia fui la – ao blog a cada manhã – desancar a senhora: disse-lhe que era uma pessoa torpe, perguntei-lhe se não tinha vergonha na cara e ela, evidentemente, não publicou os meus comentários, nem nesse dia nem no seguinte. no entretanto, deixei de ter tempo para ir lá: soube pela caixa de comentarios da isabela que havia publicado um pedido de desculpas e posteriormente eliminado o blog.
tant mieux!
contudo, como a isabela e já alguém aqui o disse, pessoa daquela estirpe ira´fazer mais do mesmo num outro blog qualquer.
resta-me um consolo:
as pessoas que visitavam o blog dela ficaram a saber com que linhas se andavam a coser, elogiando assim textos… alheios!
uma tristeza.
(resta-me um único consolo: salvo se alguém for tolinho como eu por fazer caixas de música no seu blog, nunca serei plagiada coisa nenhuma!! 😀